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Uma atividade na Universidade

Na passa quinta-feira (dia 11 de outubro), uma professora colocou à disposição da turma a seguinte atividade: "Escrevam aquilo que é para vocês o mundo neste preciso momento." E isto foi o que saiu:  " O mundo nem sempre nos vai parecer incrível, apesar de o ser. Achamos sempre que há alguma coisa que pode ser mudada. Nunca estamos suficientemente satisfeitos. Queremos um mundo com mais empatia, mas e nós? Criamos empatia pelo outro? Queremos mais justiça, e nós? Somos justos? Nem sempre temos o mundo perfeito que sonhamos existir e até chegamos a achar que as outras pessoas são mais felizes porque para elas existe. Mas não. Não existe um mundo perfeito para cada um, existe o que cada um é capaz de fazer com o mundo que lhe é oferecido. E pode ser muito fácil acreditar no mundo que imaginamos, mas não é fácil concretizá-lo. Muitos dizem que Deus inventou o  mundo em 7 dias, mas quem sabe não terá precisado de mais tempo? Ou isso ou é mesmo uma força do outro mund

Fui diferente.

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Sim, eu já fui diferente. Todos nós já o fomos, ou estarei errada? Já tive o cabelo loiro, castanho, preto, azul, roxo, vermelho, com californianas, curto, comprido, liso e aos caracóis. Já fui magra. Já fui mais gordinha. Já fui fraca. E também já fui forte. Já tive medo. E acho que continuo a ter. Mas raramente da mudança. Não me lembro de temer as mudanças que se aproximavam. Algumas causavam-me ansiedade, sim, mas nunca medo. Não porque sabia que ia vencer em qualquer uma, mas porque sabia que iam valer a pena independentemente do resultado. Hoje rio-me. Já quis ter os olhos azuis, hoje só quero que olhem para os meus pretinhos. Já quis ser modelo, hoje só quero que me aceitem como sou. Já sonhei em fazer parte de uma equipa televisiva, hoje só me quero esconder de alguns holofotes. Já quis ter um namorado extravagante, hoje só quero alguém que esteja ao meu lado. Já quis tanto que nunca tive, que hoje só quero o que chega até mim antes de o desejar. Já quis ser o centro da vida

Diz-me. O que sentes?

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Há dias em que sinto saudades de quando me sentia importante para alguém. Sabes aqueles dias em que as pessoas te provam que não estão contigo só por interesse? Aqueles dias em que te provam gostar de ti mesmo com todos os defeitos? Que te provam que os erros do passado não te definem como pessoa? Aquelas pessoas que te provam que são diferentes e não te vão magoar? Aquelas pessoas que te provam que vão ficar ao teu lado, independentemente dos erros e do tempo que passe? Sinto saudades do tempo em que achava que essas pessoas eram muitas na minha vida. Mas fui-me apercebendo que nem todos ficam. Nem todos te perdoam. Nem todos te aceitam. Nem todos te veem como alguém que merece respeito. Nem todos te querem bem. Nem todos te aguentam. E nem todos te vão dizer que gostam de ti, que são teus amigos e que vão estar contigo sempre que precisares. Deixei de acreditar no para sempre há muito tempo, mas acredito que há pessoas que ficam connosco o sempre necessário para mudarem as nossas

Porque és tu.

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Há aventuras na nossa vida às quais não podemos dizer que não de tão fantásticas que são. A aventura do primeiro dia de escola, a aventura da primeira viagem de avião, a aventura das primeiras aulas noutra língua, a aventura de regressar ao sítio que nos viu nascer, a aventura que é tirar um curso superior, a aventura que é entrar no mercado de trabalho, ter uma família e construir a vida desde aí. Viver por nós e pelos que são nossos. E são estas as aventuras que fazem as oportunidades que nos surgem valerem a pena. Porque já alcançamos muito, mas ainda há tanto por descobrir. E esta é a tua oportunidade. Vais sem nós, sim. Mas nós estamos sempre contigo. E somos o teu maior apoio, estejas aqui ou lá. Porque sempre foste o nosso. E sei que vais viver uma das maiores aventuras da tua vida, para além de todas as que já enumerei. Sei que vais guardar esta aventura para sempre na tua memória e que te vai trazer experiências para toda a vida. E, calma, é só por uma semana. Daqui a pouco j

Todos os dias.

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Hoje é o último dia. Nem sei descrever quais são os sentimentos que surgem neste momento. Tudo aquilo que vivi nos últimos quatro meses fez de mim uma pessoa completamente diferente. Não só aprendi, como cresci interiormente. Sei que daqui levo ensinamentos para toda a vida. Sei que tive colegas que jamais vou esquecer. Ganhei amigos que levo comigo. Aprendi a aceitar o facto de nem todos sermos iguais, mas de todos merecermos o mesmo. Sim, eu já sabia disso, mas não tinha noção da dimensão que a desigualdade toma na sociedade. E agora tenho. Percebi o que significa não termos todos o mesmo ritmo de trabalho, a mesma paciência, a mesma concentração. Percebi que nem sempre podemos aguentar com a pressão. E que não lidamos com ela da mesma forma em todos os momentos. E que nem todos conseguem controlar isso. E que todos somos fortes, mesmo não acreditando nisso. E que nem todos são aquilo que parecem ser. Nem todos temos de ter opiniões iguais ou até diferentes. Que muitos pensam como n

Tantas, imagino.

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Há certas coisas que não somos capazes de controlar. Mas o mundo à nossa volta pensa que sim. Nem sempre tomamos as decisões certas, é verdade. Mas isso não faz com que sejamos outras pessoas. Erramos. Quem não? E nem sempre queremos o que é melhor para nós. Muitas vezes, nem sabemos. No entanto, continuamos. E, algumas vezes, criamos ilusões para nós próprios. Coisas que não existem. Que nunca vão existir. Mas devemos parar? Não. Não acho que é necessário parar de sonhar com aquilo que achamos ser fantástico para a nossa vida. Temos é de ter limites. Cuidado com as ilusões, digo. Elas podem ser traiçoeiras e magoar-nos quando menos esperamos. Mas não nos impedem de querer mais, de imaginar mais. E isso é fantástico. O que é que o ser humano tem de diferente dos animais? A racionalidade. E se ela existe, vamos usá-la, desde que tiremos o proveito correto dela. Nem sempre estamos atentos às pistas que o mundo nos dá, é verdade. Quantas vezes deixaste de sair à noite porque não te apetec

Vamos saber que valeu a pena.

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Há certas coisas que não se conseguem explicar e esta é uma delas. Estou a chegar ao fim. Ainda me lembro de no nono ano querer desistir da escola. Coitada da minha mãe, fiz-lhe a vida num inferno naquele verão. Desculpa, mãe. E, depois, claro, tentei ficar apenas pelo secundário. Mas como sou inconstante, a minha mãe já sabia que ia viver outro inferno. E assim foi. Decidi entrar para a universidade quase à última da hora e tentei o suposto curso dos meus sonhos. Estava tão enganada. De todas as formas, quem é que com 18 anos sabe o que quer fazer para a vida toda? Muitos poucos. E eu era parte daqueles que achavam que sabiam o que queriam. Mas não sabia. Hoje olho para trás e sei que magoei imensa gente com as escolhas que fiz e decisões que tomei. Sei que fiz coisas das quais não me orgulho. E tudo para entrar num curso que não era o que queria da vida. Hoje sei disso. Mas, na altura, era ingénua. E, como tal, sofri imenso, chorei durante dias, tentei segundas fases, até acabar por

Nós, as imperfeitas.

Acho que muitas de nós pensam o mesmo sobre vocês, rapazes. Que vocês só gostam das raparigas giras, magras e bem vestidas. Estou errada? Talvez. Mas de que vos serve uma rapariga bonita, se não estiver disposta a ouvir as vossas porcarias? De que vos serve uma rapariga bonita, se não quiser sair convosco sempre que algo de mais desastroso lhe acontece? De que vos serve uma rapariga bonita, se não vos apoiar quando vocês mais precisarem? De que vos serve uma rapariga magra, se vos desprezar em frente das amigas? De que vos serve uma rapariga magra, se não vos der atenção, mesmo naqueles momentos em que vocês são chatos? De que vos serve uma rapariga magra, se não vos ouvir? Ouvir, realmente. E pensar convosco. Não como vocês. Mas com vocês. De que vos serve o tipo ideal de rapariga, se, muitas das vezes, as que nada têm dessa descrição, têm mais para vos oferecer? Se essas que não encaixam, estão dispostas a aturar-vos? Se essas que não servem, estão dispostas a apresentar-vos a toda a

A rir, a acreditar, a arriscar.

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Quando penso sobre o porquê de não me ter dado ao trabalho de escrever mais cedo, ganho noção daquilo que foi a montanha russa em que andei. Há experiências que mudam a nossa vida de tal forma que só podemos agradecer por poder vivê-las. E aconteceu-me. Cresci, aprendi e deixei uma marca naquele lugar. Sei que não passo despercebida sempre que entro aquela porta e isso é uma sensação tão gratificante. Aquele momento em que sentes que foste mesmo bom e atingiste o teu objetivo inicial? Ainda mais quando essa experiência te ajuda a melhorar outras ocupações que tens. Sei que não sou fácil de lidar e não tenho grande capacidade de adaptação, mas consegui. E agora sei que sou capaz. Mais tarde, atinges outras metas que esperavas já há alguns anos. Nada melhor do que a sensação de missão cumprida. Ainda hoje não sei porque me meti nisso, mas estou grata de ter arriscado. Sem medos. E apercebi-me de que é quando arriscamos que a vida corre melhor. Que a vida nos traz grandes coisas. Nos traz