A rir, a acreditar, a arriscar.
Quando penso sobre o porquê de não me ter dado ao trabalho de escrever mais cedo, ganho noção daquilo que foi a montanha russa em que andei. Há experiências que mudam a nossa vida de tal forma que só podemos agradecer por poder vivê-las. E aconteceu-me. Cresci, aprendi e deixei uma marca naquele lugar. Sei que não passo despercebida sempre que entro aquela porta e isso é uma sensação tão gratificante. Aquele momento em que sentes que foste mesmo bom e atingiste o teu objetivo inicial? Ainda mais quando essa experiência te ajuda a melhorar outras ocupações que tens. Sei que não sou fácil de lidar e não tenho grande capacidade de adaptação, mas consegui. E agora sei que sou capaz. Mais tarde, atinges outras metas que esperavas já há alguns anos. Nada melhor do que a sensação de missão cumprida. Ainda hoje não sei porque me meti nisso, mas estou grata de ter arriscado. Sem medos. E apercebi-me de que é quando arriscamos que a vida corre melhor. Que a vida nos traz grandes coisas. Nos traz grandes pessoas. Grandes momentos. Grandes memórias. E experiências para a vida. Não me arrependo de uma única decisão que tomei nos últimos meses, porque todas elas me fizeram feliz. E não posso pedir mais do que isso. Afinal, para que vivemos, se não para ser felizes? E estar bem connosco próprios? Estou grata pela oportunidade e pelo risco. E não me canso de o repetir. Não seria metade do que sou hoje, sem essa experiência. Nem sei o que seria. Talvez continuasse fechada no meu mundo de estudante; sem querer conhecer pessoas novas; sem querer mais aventura; sem querer mais novidade. Seria quase vazia, principalmente de emoções. Aprendi a respeitar, ouvir, consentir, crescer, ser. Aprendi a rir, a acreditar, a arriscar. Hoje, se tivesse que voltar a tomar aquela decisão, na altura em que foi, voltaria a fazê-lo. E voltaria a não pensar duas vezes. Hoje, escolheria arriscar novamente. Porque foi tão gratificante. Foi tão importante. E não me posso esquecer nunca daquelas pessoas e de tudo o que fizeram por mim. Sim, também tive alturas em que quis desistir, mas nunca o fiz. E foi com isso que aprendi a dizer sim, a aceitar, a não ter medo. Houve momentos em que achei que não me encaixava, mas estava sempre lá alguém para me provar o contrário. Houve alturas em que pensei que não servia para estar ali, mas toda a gente me apoiava. Então, que posso pedir mais do que uma experiência repleta de emoções e de pessoas que fazem valer a pena? Nada. E, por isso, o meu enorme obrigada por tudo.
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