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Mas isto é só um exemplo.

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Por vezes, sento-me e olho para fora. Está um belo dia. Sei que estou onde sempre sonhei estar. Se há uns anos me perguntassem o que iria ser, respondia com todas as certezas que seria uma fisioterapeuta ou massagista. Lembro-me da minha convicção quando o dizia. Anos mais tarde, achei que iria ser uma jornalista de sucesso, que iria fazer furor nas notícias e fora delas. Hoje, já só quero ser organizadora de eventos. Porque foi até aqui que a vida me trouxe. Foi isto que a vida me ensinou que eu saberia fazer muito bem. Foi isto que a vida colocou no meu caminho. Sinto cada vez mais que cheguei ao lugar certo, que faço o que está certo, que sou o que é certo. Mas ainda está tudo muito fresco, tudo no início. Ainda nada é definitivo e tudo pode mudar. Mas estou bem agora. E o que mais importa do que estarmos bem connosco? Aprendi que tenho de gostar primeiro de mim, do que sou, do que faço, do que quero e só depois do que os outros pensam, do que pensam sobre mim, do que dizem e do que

Nunca voltarás.

Foste. E nunca mais voltaste. Sei que não voltas. Nunca voltarás. Não porque não possas, mas porque não queres. E, às vezes, tenho a certeza de que também não quero. Nunca sei se estaria pronta a enfrentar o passado. O passado que te envolve. O passado que foste tu. Dizem que nunca devemos viver agarrados ao passado, mas é difícil fazê-lo quando não tivemos todas as respostas. Quando as dúvidas ficaram a pairar. Há tanta coisa que ficou por explicar. Tanta coisa que ficou por dizer. Tem dias em que já não me importo, já não faz diferença. Mas há outros… outros em que dói. Dói porque não gosto de ficar sem resposta, não gosto de ser enganada, não suporto mentiras e não aceito abandonos espontâneos. E tu fizeste tudo isso. E ainda hoje me guio pelo que és, ou eras, para avaliar todos os que me rodeiam. Porque achava que eras perfeito. Que tinhas tudo o que qualquer ser humano devia ser. O que era suposto cada um de nós ser. Achei que tinhas sido feito à medida daquilo que eu precisava

Nunca é o fim.

Há já algum tempo que não sei o que é sentar-me e escrever. Deitar para fora o que sinto, o que vai cá dentro, o que me tortura, o que me faz feliz. Já há algum tempo que não tinha verdadeiramente tempo para isto e para mim. A vida muda. O tempo muda com ela. Há dias em que não tens tempo para nada, noutros tens demasiado tempo livre. Mas o que nunca muda é o amor que temos pelas coisas, como escrever. Está intrínseco e há dias em que sinto falta de ter o computador ligado e escrever. Há noites em que me deito e surgem mil e uma ideias. Mas nunca surge a oportunidade de o fazer. A verdade é que muita coisa mudou, talvez possa dizer que para melhor, mas ainda muita coisa está para mudar e não sei com que frequência continuarei a fazer isto. Há coisas que ficam pendentes, temporariamente, porque a vida nos traz outras. Mas nunca são esquecidas. Quem sabe daqui a uns tempos não haja um novo livro cá fora, uma nova história para contar, uma nova vontade de libertar, mas quem sabe… não ha