Não desistas de ti.

Vivemos constantemente a querer agradar aos outros. A achar que somos imperfeitos. A achar que há tanto para mudar em nós mesmos. A sentir que ninguém nos nota. A sentir que ninguém nos vê. A sentir que ninguém nos ouve. A perceber que nem sempre vamos ser recompensados. Pelo menos nem sempre na medida certa. A perceber que há momentos que nos podem definir. A perceber que há pessoas que tentam transformar-nos. A perceber que há pessoas que criam uma história ficcionada sobre nós. A ver que nem sempre quem está ao nosso lado é o nosso amigo, mas o inimigo. A ver que nem sempre as pessoas vão valorizar o que fazemos por elas e com elas. A ver que nem sempre os nossos esforços se vão refletir para todos nos parabenizarem. A entender que nem sempre vamos precisar desse reconhecimento. A entender que nem sempre vamos querer estar ocupados. A entender que nem sempre vamos querer companhia. A entender que precisamos de acalmar. Passamos anos, vidas, a tentar perceber quem somos, porque somos e o que queremos ser. Ou que queríamos ter sido. Muitas vezes, não há volta atrás. A vida segue. E as mudanças com ela. Nem sempre vai ser mau cairmos, porque isso nos vai ensinar a levantar. Nem sempre vai ser mau perder, porque isso nos vai ensinar a aceitar. Nem sempre vai ser mau estar sozinho, porque isso nos vai ensinar a amar. Todos os dias, lutamos por ser os melhores, os exemplares, os corretos, os bonecos sem defeitos. Mas a verdade é que nenhum de nós corresponde a isso. E passamos a vida a julgar uns e outros pelos seus piores feitos em vez de os parabenizar pelos melhores. Esquecemo-nos de que os outros também gostam de ser elogiados. Esquecemo-nos que todos gostamos de ser notados. Que todos gostamos de atenção. De preocupação. De sentimento. Esquecemo-nos de que todos sentimos. E esquecemo-nos que a verdade pode doer, mas também pode curar. Esquecemo-nos que a omissão pode explodir-nos na cara. Esquecemo-nos que a empatia faz parte do ser humano. Esquecemo-nos de que todos temos um coração. E, caramba, se temos. Até aqueles que se passam por durões devem ter alguma coisa lá guardada. Nem todos somos o bloco de gelo que podemos transmitir aos outros. Porque dentro de cada bloco de gelo pode estar congelado um pobre pinguim com medo de se mostrar porque pode afogar-se a qualquer momento. E tu, mesmo com medo, não te esqueças de seguir em frente. Mesmo com medo, não te esqueças de tentar. Mesmo com medo, não te esqueças de persistir. E lembra-te, todos os dias, de que nada é possível se não fizeres por isso. E quando menos esperares: BAM! Não desistas de ti.
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