Essência...
Foste o meu amiguinho. Foste aquele amigo de infância que uma pessoa jamais esquecerá. Foste o meu companheiro de brincadeiras, asneiras e barbaridades. Foste tu que me ensinaste coisas sobre dinossauros, que lamento hoje ter esquecido. Foste tu que me viciaste em tartarugas ninja, que ainda hoje recordo com um sorriso. Foste tu que me viciaste em livros de bandas desenhada. Tu lembras? Foste companheiro, amigo, irmão, primo. Foste da família. Eras o meu pequenote. Hoje? Hoje és um melhor amigo, uma aproximação de um irmão, só não tens esse cargo, porque alguém o possui. Desculpa pelos anos em que abandonei a nossa amizade. Desculpa pelos anos que perdemos. Desculpa pelas vezes em que não estive a teu lado. Desculpa ter-te abandonado naqueles anos. Desculpa ter-me, por momentos, esquecido. Quando olho para as nossas fotos em pequenos, sinto saudades daqueles tempos. Mas quando olho as nossas fotos recentes, sinto saudades da tua presença no meu dia. És aquele que me compreende, mesmo que o meu raciocínio seja errado. És aquele que, basta chamar, está sempre ao meu lado. És aquele que me aconselha, sem ter medo do que eu possa pensar. És aquele que me diz toda a verdade, sem medo da minha reação. És aquele a quem agradeço muito, por tudo o que vivemos e fizeste por mim. Dou-te tanto, mas tanto valor. És um suporte, um apoio. És como o meu segundo irmão. Sabes aquilo que me faz dar, cada vez mais, valor à nossa amizade? É aquilo que mais nos afasta. É a nossa distância. É a distância que nos separa. És aquele que, mesmo estando a cento e noventa e um quilómetros de mim, não deixa de se preocupar, de mandar uma mensagem, de aconselhar, de compreender, de alegrar. És aquele a quem dou bastante valor, porque mesmo longe, não me deixas. És o meu suporte fixo, que está longe. És o meu apoio presente, que está ausente. És das pessoas que mais adoro. Nada explica a essência da nossa amizade. São o quê? 16 anos? 15 anos? Menos que isto não serão. Posso dizer que te conheço desde que saíste da barriga da tua mãe. Desde que abriste os olhinhos, que somos amigos. É o estar perto e longe. É o tempo. É a distância. É a necessidade. Isto é a essência da nossa amizade. Não somos apenas conhecidos ou amigos de bons anos, somos amigos de uma vida. Não quero, nunca, dizer-te adeus. És uma presença que necessito. Não quero, nunca, perder a nossa amizade. Não quero, nunca, perder-te. É tudo o que peço: nunca perder-te. Não é um mês, um dia, uma semana, uma hora. Não são anos. É a nossa vida. Conheço-te desde que me lembro. Desde das memórias do inicio da vida que tenho, tu estás presente, por isso peço-te: Não deixes de estar. Obrigada por tudo. E não esqueças: mesmo longe, tens aqui uma irmã, aquela que nunca tiveste.
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