Aqui.
"Na vida, nunca se deveria cometer duas vezes o mesmo erro: há bastante por onde escolher...."
Não faço ideia do que sinto, além de me sentir vazia. Vazia, não no campo familiar, porque esse está cheio de amor incondicional. Mas sei que, de alguma forma, estás cá dentro.
Aqui.
Mas não completamente. Não te amo. Não sei se te quero. Ou se preciso de ti. Não sei. E a dúvida tortura-me. E vai torturar até que eu encontre respostas. Mas tu não ajudas. Nada em ti me dá sinais. Nem respostas. Era mais fácil se eu pudesse entender. Mas não posso. Queria saber o que é isto que me fazes. Isto que me deixas a pensar. A sentir. Queria saber o que é que me atrai a ti. Não é como se houvesse um íman, porque não há. E enerva-me. Deixa-me furiosa. Sem saber de mim. Quem sou. Tudo se torna questão. E não há resposta. Fogo. Não há. Mas sei que há coisas que já não sei evitar. Coisas simples. Abrir a conversa. Esperar que leias, dias e dias. Esperar resposta, dias e dias. É sempre uma enorme quantidade de tempo quando espero por ti. E quando chegas? Fico bem. Mas quero mais. É tão pouco e não chega para me ajudar a entender. Dou comigo a observar conversas antigas. Ou fotografias tuas. E a nossa. Dou comigo a pensar que já não tenho certezas de muita coisa. Que há tanto por descobrir. E sentir. E há tanto que não quero percorrer. E há tanto que não quero deixar acontecer. Mas não sei o que fazer. Porque estou vazia, aqui.
Onde vim parar a pensar em ti? Ou no que podíamos ter sido. Ou no que podemos vir a ser. Onde vim parar?
A um mundo onde o não não é suficiente. Onde esperar não me ajuda. Onde querer é diferente de ter. Onde pensar não me leva a ti. Onde falar não te traz para mim. Onde amar não faz sentido. Porra, onde nem sei o que sinto, como sinto ou até se devia sentir. Onde estou vazia.
E não sei o que quero. Não quero paixões loucas. Não quero romances sensuais. Não quero nada que me traga dor. Não quero amor, se ele vier assim, desta forma. Mas queria saber o que sentes tu.
Tu que nada fazes. Tu que nada dizes. Tu que ignoras. Tu que me deixas a sentir assim. O que sentes? O que pensas? O que tens para me dar? O que queres dar?
Preciso de respostas e não de perguntas. Preciso de palavras e não de silêncio. Porque o silêncio cansa, porra. Cansa e tortura. Preciso de atitudes e não de promessas. Preciso que me respondas e não que me questiones. Mas, no fundo, tudo se vai resumir a ti. Preciso de ti para tudo isto. E preciso de ti para saber que vazio é este. Preciso de ti para saber se quero preenchê-lo. Preciso de ti para saber se é preciso preenchê-lo. Porque não sei.
E odeio estar na dúvida. Odeio não saber.
Já acabei destroçada, destruída e sabe-se lá o que mais, uma vez. E não vou acabar duas. Não vou, não quero e não posso. Por isso, responde-me: o que queres tu?
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